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BRASIL REGISTRA 148 MIL NOVOS EMPREGOS FORMAIS EM MAIO. BAHIA É DESTAQUE NA REGIÃO NORDESTE.
O Brasil registrou um saldo positivo de 148.992 vagas com carteira assinada em maio, segundo dados do Novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho. No acumulado do ano, já são 1,05 milhão de novos empregos formais, elevando o total no país para 48,3 milhões. O setor de serviços foi o que mais contratou, com 70.139 postos, seguido pelo comércio (23.258), indústria (21.569), agropecuária (17.348) e construção civil (16.678).
Entre os estados, São Paulo liderou com 33.313 vagas, à frente de Minas Gerais (20.287) e Rio de Janeiro (13.642). O único estado com saldo negativo foi o Rio Grande do Sul, que perdeu 115 empregos. O Acre teve o maior crescimento relativo, com alta de 1,24%.
Os dados mostram que mulheres (78.025) e jovens de 18 a 24 anos (98.003) foram os mais contratados, especialmente no comércio e na indústria. Pessoas pardas (116.476) e com nível médio de escolaridade (113.213) também tiveram destaque. O salário médio de admissão ficou em R$ 2.248,71, uma queda de 0,5% em relação a abril.
O ministro Luiz Marinho ressaltou que os baixos salários ainda são um obstáculo para a formalização de jovens e defendeu a revisão dos pisos salariais para estimular mais contratações.
Foto: O Divergente
BAHIA ACUMULA MAIS DE 59 MIL POSTOS DE TRABALHO CRIADOS SÓ EM 2025; VEJA SETORES
A Bahia é um dos destaques da região Nordeste na geração de empregos com carteira assinada em maio. O estado fechou o mês com 12.858 novos postos formais, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgados na última segunda-feira (30), pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
A capital, Salvador, foi o município baiano com melhor saldo em maio, com 1.836 novos postos. A cidade tem hoje um estoque de 686,3 mil empregos formais. Na sequência dos municípios com melhores desempenhos no estado aparecem Lauro de Freitas (1.051), Santa Cruz Cabrália (653), Vitória da Conquista (578), Juazeiro (466) e Barreiras (436).
No acumulado do ano, entre janeiro e maio de 2025, a Bahia acumula 59.319 novos empregos formais. Como comparação, em 2024 o estado baiano fechou o ano tendo gerado 85.589 novos postos de trabalho com carteira assinada.
Em maio, o estado apresentou desempenho positivo nos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas avaliados. O destaque foi Serviços, que terminou o mês com saldo de 5.670 vagas. Na sequência aparecem os setores de Agropecuária (2.558), Indústria (2.061), Construção (1.593) e Comércio (976).
As novas vagas no estado baiano foram ocupadas, em sua maioria, por pessoas do sexo masculino, responsáveis pelo ingresso em 7.116 postos. Pessoas com ensino médio completo foram as principais atendidas, com 9.179 vagas na Bahia. Jovens entre 18 e 24 anos formam o grupo com maior saldo de vagas no estado: 7.018.
Fonte: O Divergente e Bahia Econômica
Ambiente tóxico no trabalho? Como impor limites e saber quando é hora de sair
‘Não tem preço que pague isso’, diz mulher que trocou salário mais alto para ‘fugir’ de chefe que gritava e criticava sua aparência. Segundo especialista, novas gerações estão cada vez menos dispostas a tolerar comportamentos abusivos.
Uma semana após começar em um novo emprego, Lisa Grouette notou algo diferente no domingo à noite: o fim da sensação de angústia que costumava sentir antes de ir trabalhar toda segunda-feira.
Grouette passou 10 anos em uma agência de seguros com um chefe que, segundo ela, gritava com frequência, batia com as mãos na mesa, criticava sua aparência e quebrava objetos.
Ela afirma que ele a acusou falsamente de roubo e ameaçou negar uma carta de recomendação caso ela pedisse demissão.
Com medo de não conseguir outro emprego, ela permaneceu nesse ambiente tóxico. “Era como se estivesse implícito: ‘Você está presa’”, relembra Grouette, de 48 anos.
Mas ela encontrou uma saída. Quando surgiu uma vaga em tempo integral em um jornal onde já trabalhava como fotógrafa freelancer, pediu demissão. O novo emprego pagava US$ 400 a menos por mês, mas Grouette reduziu seus gastos para conseguir se manter.
“Não tem preço que pague isso”, disse. “Foram os 400 dólares mais bem gastos da minha vida, valeu cada centavo. Fiquei um pouco apertada no começo, mas não importava porque eu estava feliz.”
Foto: Peter Hamlin/Ilustração AP
Cresce a intolerância a comportamentos tóxicos
Com o aumento da conscientização sobre saúde mental, crescem também as conversas sobre o que constitui um comportamento nocivo e o tipo de tratamento que as pessoas não devem — ou não precisam — aceitar em troca de um salário.
“Estamos desenvolvendo uma linguagem para lidar com ambientes de trabalho tóxicos”, afirma Jennifer Tosti-Kharas, professora de comportamento organizacional no Babson College, em Massachusetts, nos Estados Unidos.
Segundo ela, gerações mais jovens, como os millennials e a geração Z, são menos dispostas a tolerar comportamentos abusivos de colegas e chefes, além de serem melhores em impor limites.
No início da própria carreira, Tosti-Kharas conta que, ao se deparar com um ambiente tóxico no trabalho, sua atitude era de “engolir seco”. “Acho que não falávamos tanto sobre cuidar da saúde mental quanto deveríamos.”
Como identificar um ambiente de trabalho tóxico?
Conflitos e relacionamentos difíceis podem ser inevitáveis em qualquer ambiente profissional. Mas há uma grande diferença entre um desentendimento ocasional e abusos persistentes.
“O que torna algo tóxico é a persistência, a constância ao longo do tempo”, explica Tosti-Kharas. “Você pode até tentar resolver, mas nada muda. Está profundamente enraizado.”
Sinais de um ambiente emocionalmente prejudicial incluem falta generalizada de confiança e medo de ser rejeitado ao manifestar sua opinião, diz ela.
Para identificar um ambiente potencialmente tóxico ao se candidatar a um novo emprego, confie nos seus instintos e fique atento a sinais de alerta. Anúncios frequentes para a mesma vaga, por exemplo, podem indicar alta rotatividade causada por um ambiente negativo. Você também pode procurar avaliações de funcionários na internet.
Foto: ibrabr.com
O que pode explicar comportamentos tóxicos?
Se você for alvo de comportamentos tóxicos, considere se o problema está mais em quem os pratica do que em você.
“É quase como uma cortina de fumaça para esconder inseguranças”, diz Atchison. “Se alguém se sente ameaçado ou com medo de ser ofuscado, pode tentar sabotar os outros, espalhar boatos ou atrapalhar projetos para se sentir mais no controle.”
Desde a pandemia de Covid-19, os relatos de ambientes tóxicos aumentaram, segundo Atchison. Um dos motivos seria a perda de habilidades sociais devido ao isolamento.
“Socializar é uma habilidade, e ela se deteriorou”, afirma.
Fale sobre suas preocupações
Se você está em uma situação tóxica no trabalho, conversar com amigos de confiança ou com um terapeuta pode ajudar a processar o que está acontecendo e encontrar formas de lidar com isso, em vez de deixar o problema se acumular.
Stephanie Strausser, 42 anos, gerente de produção de vídeo, contou que buscou apoio quando trabalhou com um chefe extremamente controlador, que a fazia se sentir insegura e tomava decisões que ela considerava antiéticas.
“Não esconda nem guarde para você. Converse com as pessoas. Mesmo que seja com o ChatGPT”, recomenda. “Não internalize isso. E não tome a percepção dos outros como verdade absoluta.”
Amanda Szmuc, advogada da Filadélfia, que passou por ambientes tóxicos, sugere documentar os problemas caso seja necessário levar o caso ao RH.
Anotar detalhes das situações, guardar mensagens inapropriadas ou gravações de reuniões pode ser útil — tanto para fins legais quanto para fortalecer sua percepção da realidade e se proteger contra manipulações psicológicas (gaslighting).
Foto: elhombre.com
Estabeleça limites
Se sair do emprego não for financeiramente viável ou você quiser tentar melhorar a situação, vale tentar limitar o contato com a pessoa tóxica.
“As possibilidades podem incluir negociar um cargo que crie distância entre você e a pessoa tóxica, como trabalhar em turnos diferentes ou em projetos distintos”, dizTosti-Kharas.
Você também pode estabelecer prazos para si mesmo, a fim de evitar que a situação piore, diz Szmuc. Por exemplo: ‘Vou dar duas semanas para isso. Houve alguma melhora?’, questiona ela. “Existe alguma forma de talvez mudar minhas circunstâncias ou ter a opinião de outra pessoa?'”
Encontre uma saída
“O ideal seria que um funcionário que se sente maltratado pudesse recorrer a alguém do setor de recursos humanos ou ao gerente do funcionário ofensivo, apresentando evidências que mostrem um padrão de violações de conduta para, então, uma ação disciplinar ser tomada”, disse Tosti-Kharas.
Mas isso nem sempre acontece, deixando quem fez a denúncia em contato direto com a pessoa denunciada. “No mundo real, você pode perceber que é improvável que ela vá embora — e quem vai ter que sair é você”, diz Tosti-Kharas.
Em situações extremas, o melhor é procurar outro emprego, afirma ela.
“Se um inspetor encontrasse radônio [um gás radioativo] na sua casa, você não diria: ‘Deixe-me tentar conviver com o radônio’ ou ‘Como posso mantê-lo aqui, mas talvez reduzir os efeitos?'”, acrescenta. “Você tiraria a toxina da situação ou se retiraria da situação.”
A maioria das pessoas não pode se dar ao luxo de deixar o emprego sem ter outro em vista. Arranjar tempo para se candidatar a outras vagas é difícil quando você se sente sob ataque, mas também é algo fortalecedor e pode levar a uma situação melhor.
“Se alguém te dá a impressão de que você não pode sair desse emprego, isso simplesmente não é verdade”, diz Grouette. “Esse tipo de pessoa não tem o alcance ou o respeito que afirma ter, porque se é volátil com você, é volátil com os outros também”, conclui.
Fonte: g1.globo (Associated Press)
Mulher aciona Justiça após virar alvo de chacota no trabalho por pedir licença-maternidade para cuidar de bebê reborn
Funcionária pede indenização por danos morais de R$ 10 mil, por considerar que teve maternidade deslegitimada e foi alvo de exposição vexatória.
Uma mulher entrou com uma ação judicial contra a empresa em que trabalha, em Salvador, após sofrer chacotas por pedir licença-maternidade para cuidar de um bebê reborn. A ação foi protocolada no Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT-BA) na terça-feira (27), e tem como objetivo pedir uma indenização de R$ 10 mil por danos morais.
Foto: TV Globo
A defesa da funcionária informou que o principal ponto da ação não é a concessão de licença-maternidade, mas sim os constrangimentos que a mulher tem sofrido no ambiente de trabalho. Após a divulgação do processo, os advogados da defesa receberam diversas críticas e decidiram retirar a ação na quinta-feira (29).
Segundo o documento, a mulher trabalha desde 2020 como recepcionista de uma empresa localizada no centro de Salvador. Ela solicitou a licença-maternidade de 120 dias, além do recebimento do salário-família, para poder cuidar do boneco hiper-realista, que considera como filha.
A empresa negou o pedido sob os argumentos de que a funcionária não é “mãe de verdade”. A mulher também teria sido constrangida diante de colegas, pois um superior informou que ela “precisava de psiquiatra, não de benefício”.
Na ação, a defesa da funcionária argumentou sobre as ofensas que a mulher sofreu na empresa. Segundo os advogados, a maternidade vai além da biologia e os cuidados com a bebê reborn requerem o “mesmo investimento psíquico e [o] mesmo comprometimento afetivo que toda maternidade envolve”.
Foto: Monickie Urbanjos
Mulher exige pagamento de indenização no valor de R$ 10 mil
A funcionária exigiu uma indenização por danos morais no valor de R$ 10 mil, afirmando ter sofrido um “abalo psíquico profundo” após ter a maternidade deslegitimada. Além disso, ela exige a indenização por considerar que foi exposta ao ridículo e privada de direitos. O argumento apresentado pela defesa da funcionária é de que, ao submetê-la à exposição vexatória, a empresa rompeu a relação de boa-fé entre patrão e funcionário.
Ainda conforme a ação trabalhista, a mulher pede também a rescisão indireta de seu contrato com a empresa. Com isso, ela teria acesso à liberação do FGTS, da multa de 40% e das guias para habilitação no seguro desemprego.
Veja a lista de pedidos feitos pela funcionária ⬇️
- Pagamento das verbas rescisórias devidas na modalidade de rescisão indireta: aviso prévio indenizado; saldo de salário; férias vencidas e proporcionais + 1/3; 13º salário proporcional; liberação do FGTS + 40%; entrega das guias para o seguro-desemprego.
- Pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00.
- Condenação da empresa ao pagamento do salário-família retroativo desde a data do requerimento administrativo.
- Concessão dos benefícios da justiça gratuita.
Fonte:G1 Bahia
Atestados falsos são vendidos no centro de Salvador; médicos denunciam golpes e intimidações
Em tentativa de venda dos documentos falsos, vendedores cobraram R$ 30 por um dia de afastamento e R$ 180 por 14 dias. Número de consultas por veracidade dos documentos cresceu nos últimos anos.
Um grupo de pessoas tem vendido ao menos dez tipos de atestados médicos falsos, além de testes de gravidez, em Salvador. Os serviços ilegais são divulgados em uma plataforma digital.
Ao entrar em contato com o grupo através de um aplicativo de mensagens eles encaminham uma tabela com valores dos atestados. Por um dia, o grupo cobra R$ 30. Se a pessoa estiver interessada em parar de trabalhar por 14 dias, ela é orientada pelos criminosos a pagar R$ 180.
No documento, os falsários destacam a informação: “Nossos médicos são ativos com CRM válido. Tudo registrado no site oficial do CFM”. Em outro trecho, é dada garantia de suporte 24h em caso de dúvida.
Foto: Reprodução/TV Bahia
Médica relata golpe
A médica baiana Ana Teresa Cerqueira foi vítima da ação de venda de atestado falso. A profissional descobriu o golpe depois que uma empresa a procurou. A unidade recebeu o documento, desconfiou da autenticidade e acionou o Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb-BA).
“Me enviou um documento no padrão do atestado que a gente emite, com minha assinatura e carimbo, só que supostamente foi emitido em um dia que eu não estava nem trabalhando. Uma paciente que não passou por atendimento na unidade”, contou a médica.
A profissional registrou um Boletim de Ocorrência (BO) na Polícia Civil. Ela também revelou que colegas de profissão já foram intimidados a emitir atestados médicos sem que pacientes tivessem doentes.
Foto: Reprodução/TV Bahia
“Eu já atendi pacientes que me disseram que não tinham nada, mas queriam atestado. As vezes chegam na gente completamente agressivos, intimidando e você tem que fornecer o atestado. Nesses momentos a gente é orientado a ceder, porque são situações que a gente está em risco”, contou ressaltando que quando isso acontece, notifica o hospital com a justificativa de intimidação.
Segundo o Cremeb, o número de consultas de empresas para checar a veracidade dos atestados médicos tem crescido. Nos últimos quatro anos, a quantidade de documentos falsos aumentou sete vezes.
O Conselho Regional de Medicina sinaliza que neste período, 4.144 atestados médicos foram checados e 671 eram falsos.
“Tem tido um aumento tanto de procura, quanto da certificação de que aquele documento foi falsificado”, afirmou o diretor de fiscalização do Cremeb, Luciano Ferreira.
Flagra na rua
No Centro de Salvador, a produção da TV Bahia encontrou pessoas que orientam como conseguir atestado médico.
Ao ser questionado de como poderia fazer para conseguir um documento falso, um “vendedor” disse que a pessoa teria que pagar pela consulta, que custava R$ 200.
“Mas é garantido! Não vou lhe dizer os cinco dias, mas pelo menos os três dias aí ela lhe dá. Aí dependendo da sua conversa lá, possa ser que ele dê mais. Que, claro, você não vai dizer que não está com nada e que você quer só o atestado, né? Vai dizer que está com algum problema, né?”, explicou o homem.
O vendedor também orientou como falar para conseguir os dias de afastamento.
“Você vai dizer: ‘Não, eu estou com problema assim, eu tenho problema assado e tal. Já tenho tantos dias que eu fico em casa preso, sem poder trabalhar. Eu estava precisando pelo menos de uns dois ou três dias para poder fazer o encaminhamento médico, tá entendendo?’ Usa o seu argumento”.
Foto: Reprodução/TV Bahia
Grávida demitida por justa causa
Uma atendente grávida foi demitida por justa causa depois de apresentar seis atestados falsos para justificar faltas no trabalho em Salvador. A suspeita começou em 2022, quando a empresa percebeu que o nome médico estava escrito errado.
Em seguida, a empresa consultou a unidade indicada e confirmou que o médico já não trabalhava no local, nem tinha atendido a grávida. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) manteve a demissão e negou os pedidos da ex-funcionária como verbas rescisórias, horas extras, vale transporte e indenização pela estabilidade da gravidez.
Fonte: g1 BA e TV Bahia
Desemprego entre jovens no Brasil é mais que o dobro da taxa de grupo mais velho, aponta pesquisa
Problemas como a falta de experiência profissional e a precarização do trabalho dificultam a entrada e a permanência de jovens no mercado, mesmo com a melhora nos índices de emprego do país nos últimos anos.
O desemprego entre os jovens brasileiros de 18 a 29 anos é mais que o dobro da taxa observada em um grupo mais velho, de pessoas de 30 a 59 anos, aponta um levantamento de pesquisadores do FGV Ibre.
O estudo foi feito com base em dados da Pnad Contínua, do IBGE, e mostra que, apesar de o desemprego no Brasil ter atingido o seu menor patamar em 2024, os jovens permanecem com dificuldades para conseguir uma ocupação. Para o IBGE, são consideradas desocupadas as pessoas sem trabalho que estão procurando emprego. Quem não está em busca de uma ocupação por estar estudando, por exemplo, não entra no cálculo.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Desemprego entre os jovens no Brasil é mais que o dobro da taxa de grupo mais velho
Problemas como a falta de experiência profissional, a baixa qualificação e a precarização do trabalho estão entre os principais desafios enfrentados pelos jovens à procura de emprego no país, explica a autora da pesquisa, Janaína Feijó.
“Pelo fato de não terem experiência e a qualificação necessária, as oportunidades que geralmente aparecem para os jovens são informais, porque eles não conseguem atender os critérios das vagas formais”, diz.
“E isso tende a se retroalimentar. Quando o jovem vai para a informalidade, os desafios para conseguir se qualificar e voltar para o emprego formal são maiores. É a armadilha do subemprego. Quando você entra, é difícil sair”, continua.
De acordo com o levantamento, do total de jovens de 18 a 29 anos que estavam ocupados no último trimestre de 2024, 38,5% trabalhavam na informalidade. No grupo dos adultos de 30 a 59 anos, o percentual cai para 35,9%.
Informalidade no Brasil é maior entre jovens de 18 e 29 anos
Essa alta taxa de informalidade entre os jovens também reflete numa maior subocupação do grupo por insuficiência de horas trabalhadas.
Ou seja: mesmo quando conseguem emprego, os jovens “acabam em vagas nas quais trabalham menos horas do que gostariam, e isso bate no rendimento”, destaca o economista Paulo Peruchetti, que também é autor da pesquisa.
No quarto trimestre do ano passado, os trabalhadores brasileiros ganhavam cerca de R$ 3.315 por mês. Entre os jovens, a média era de R$ 2.297.
Rendimento dos jovens entre 18 e 29 anos é 30% menor do que a média nacional
Assim, a pesquisa também mostra que as ocupações que mais concentram trabalhadores jovens no Brasil são consideradas de pouca qualificação e baixos salários.
A taxa de informalidade média das 20 ocupações listadas na tabela foi de 44,6%, superior à média nacional e com um rendimento médio de R$ 1.815.
Foto: Estadão
Os desafios da nova geração
Além da necessidade de qualificação técnica, os pesquisadores do FGV Ibre destacam a falta de habilidades socioemocionais (as chamadas “soft skills”) como um obstáculo para os jovens ingressarem e permanecerem no mercado de trabalho.
Para a maioria das vagas, é importante que os funcionários saibam cumprir ordens, trabalhar em equipe, e ser resilientes e proativos, mesmo sem experiência profissional, comenta a economista Janaína Feijó.
Isso faz com que, muitas vezes, as empresas prefiram contratar pessoas mais velhas e experientes, acreditando que elas se adequarão melhor à vaga ofertada, ressalta a pesquisa.
“E também existe um fator sociocultural, de que a geração Z chega ao mercado de trabalho com expectativas que não necessariamente se enquadram no que os empregadores estão demandando”, afirma Feijó.
De janeiro a fevereiro deste ano, os pedidos de demissões de jovens entre 18 e 29 anos representaram quase metade do total de solicitações no país, segundo outro estudo da pesquisadora.
“Essa geração tem valores diferentes, então, às vezes, quando os empregos não são tão bem remunerados ou têm escalas mais rígidas, os jovens não conseguem ficar e saem por conta própria”, afirma.
“Muitos também podem se dar ao luxo de procurar outro emprego se não gostarem porque moram com os pais, não são os responsáveis financeiros pela casa”, acrescenta.
Caminho é educação de olho no mercado
A baixa inserção dos jovens no mercado de trabalho pode impactar o desenvolvimento econômico do país, especialmente em um contexto de envelhecimento populacional, destaca o estudo.
Além de reduzir a força produtiva e comprometer a inovação e a competitividade do país, com menos jovens empregados formalmente, há uma diminuição na arrecadação de impostos e contribuições previdenciárias.
Para o economista Paulo Peruchetti, num cenário de mercado aquecido e cada vez mais competitivo, “é essencial que os jovens se qualifiquem para ocupar vagas que paguem melhor e sejam mais formais”.
Janaína Feijó afirma que, atualmente, existem muitas iniciativas de capacitações e cursos profissionalizantes gratuitos. Mas, para funcionarem, precisam estar melhor alinhados com as demandas do mercado.
“Não adianta nada o governo fazer esses programas se não entender quais são as dores das empresas. É preciso fazer esse link entre o lado empregador e a oferta, que são os jovens procurando emprego. Ajudá-los a desenvolver habilidades socioemocionais, de como se comportar no trabalho.”
Fonte: g1.globo
Nova regra muda trabalho em feriados e domingos no Brasil. Saiba mais
A nova regra, que regulamenta o trabalho em feriados e domingos no comércio e serviços, entra em vigor a partir de 1º de julho de 2025.
A Portaria nº 3.665/2023, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que regulamenta o trabalho em feriados e domingos no comércio, foi publicada em dezembro de 2024, e entra em vigor a partir de 1º de julho deste ano.
Foto: Correio de Minas
A nova regra estabelece que trabalhadores do comércio e de serviços só poderão atuar em feriados caso haja uma negociação coletiva entre empresas e sindicatos.
O principal objetivo dessas mudanças é assegurar que os direitos dos trabalhadores sejam protegidos. A nova abordagem busca criar um equilíbrio entre as necessidades operacionais das empresas e os direitos dos funcionários, garantindo que o trabalho em dias de descanso seja adequadamente recompensado.
Mudanças
A principal mudança introduzida pela Portaria nº 3.665/2023 é a exigência de negociações coletivas entre empresas e sindicatos para permitir o trabalho em feriados e aos domingos. Essa medida visa assegurar que os trabalhadores sejam devidamente compensados, seja por meio de pagamento adicional, seja por folgas compensatórias.
Foto: FDR
Além disso, a norma incentiva um diálogo mais próximo entre empregadores e sindicatos, resultando em condições mais adaptadas às necessidades de cada setor.
Para garantir a aplicação efetiva das novas regras, a portaria exige que as empresas iniciem o diálogo com os sindicatos o quanto antes, visando estabelecer acordos coletivos que estejam em total conformidade com a regulamentação.
Esses acordos devem abranger detalhes cruciais, como as formas de compensação para os trabalhadores (pagamento adicional, folgas), os horários de trabalho, as condições de descanso e outros benefícios relevantes.
Importante destacar que a necessidade de negociação coletiva se aplica a todos os feriados e domingos, sem exceções. A fiscalização do cumprimento dessas novas diretrizes será rigorosa, com penalidades severas para as empresas que não as seguirem.
A implementação tem como principal objetivo reforçar a proteção dos direitos dos trabalhadores, promovendo um ambiente de trabalho mais justo. Ao exigir negociações coletivas, a regulamentação promove o uso de acordos coletivos como uma ferramenta eficaz para resolver questões trabalhistas, criando um ambiente de trabalho mais harmonioso.
Fonte: Metrópoles
Governo do Estado entrega ambulância, ônibus escolar e equipamentos de saúde para Itapetinga.
Governador Jerônimo Rodrigues (PT), mobiliza Secretários de Estado para receber o Prefeito Eduardo Hagge (MDB) e a sua comitiva.
Durante encontro com o prefeito de Itapetinga, Eduardo Hagge, na tarde desta terça-feira (1º), o governador Jerônimo Rodrigues destinou para a saúde do município, uma ambulância e equipamentos hospitalares, além de transporte escolar. A agenda, que reuniu secretários estaduais no Centro de Operações e Inteligência (COI), em Salvador, teve como objetivo tratar das demandas emergenciais do município para o ano de 2025.
“Tratamos nessa agenda, da iluminação do aeroporto, saneamento básico, água, educação, segurança e saúde, com destaque para a Policlínica Regional de Saúde, que já está nos últimos detalhes para avançarmos com a ordem de serviço, e ainda sobre o hospital regional”, pontuou o governador.
Itapetinga, no Médio Sudoeste da Bahia, tem uma população de 77 mil habitantes e já recebeu R$ 101 milhões de investimentos do Governo do Estado, entre 2023 e 2025. Na educação, os recursos foram direcionados para a construção do Complexo Poliesportivo Educacional de Itapetinga, a modernização do Colégio Estadual de Tempo Integral Alfredo Dutra. A Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) foi contemplada com a construção de laboratórios de Física e Biologia, no campus local.
Foto: Joá Souza/GOVBA
Para a mobilidade e infraestrutura, entre as obras concluídas estão a pavimentação da Rodovia BA-130, no trecho entre Itapetinga e Macarani, com extensão de 29,31 quilômetros, além da recuperação do aeródromo local. O acesso à BR-415 também foi recuperado e pavimentado, em um trecho de 3,8 quilômetros. Na área da segurança pública e assistência social, está em andamento a construção do Núcleo Especializado de Atendimento à Mulher (NEAM), no bairro Nova Itapetinga, com previsão de conclusão ainda no primeiro semestre.
Eduardo Hagge celebrou a parceria com o Governo do Estado. “Saímos daqui hoje, extremamente satisfeitos com essa recepção e dedicação do governador e dos secretários estaduais com a nossa cidade”, afirmou o gestor municipal.
Jerônimo autorizou o início das obras da Policlínica do Américo Nogueira, entregou ônibus e ambulância e assinou Ordens de Serviço para: Construção do Hospital Regional, Sinalização Noturna do Aeroporto, Asfalto para mais ruas do Américo Nogueira, Equipamentos para o Hospital Virgínia Hagge, Equipamentos para os Postos de Saúde, Apoio Financeiro para a Exposição Agropecuária, que será realizada no mês de maio.
Fonte: GovBa
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