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:: ‘Violência’

Polícias Civil e Militar apreendem fuzis, pistola Glock e drogas em operação contra grupo ligado a duplo homicídio em Iguaí

Uma operação conjunta das Polícias Civil e Militar da Bahia resultou na apreensão de armas de grosso calibre, drogas e munições, nesta quinta-feira (9), na zona rural do município de Iguaí, no sudoeste do estado. A ação faz parte das investigações sobre o duplo homicídio que vitimou Mirella Oliveira Moreira, de 19 anos, e Gustavo de Jesus Gonçalves, de 16, na Fazenda Boa Vista.

Foto: Alô Juca

Durante a operação, os agentes localizaram dois fuzis, uma pistola Glock com carregador tipo “caracol”, além de diversas munições, drogas, um alicate amarelo e duas bolsas. O armamento, segundo a Polícia Civil, é o mesmo utilizado na tentativa de invasão da cidade de Iguaí, ocorrida entre a noite de segunda (7) e a madrugada de terça-feira (8).

 

As diligências levaram as equipes até uma fazenda na região da Água Vermelha, onde os suspeitos estariam escondidos. No momento da abordagem, um dos homens reagiu e atirou contra os policiais, iniciando um confronto. O suspeito foi atingido, socorrido ao hospital local, mas não resistiu aos ferimentos.

 

Dentro do imóvel, os agentes encontraram as armas e o material ilícito que reforçam a ligação dos suspeitos com facções criminosas que disputam o controle do tráfico de drogas na região.

 

As investigações indicam que o duplo homicídio da Fazenda Boa Vista e a tentativa de invasão ao município estão relacionados à guerra entre facções rivais. O delegado Irineu Andrade, coordenador da 21ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), informou que a operação desta quinta é parte de uma sequência de ações de enfrentamento ao crime organizado.

 

“Além do armamento apreendido hoje, localizamos um revólver calibre 38 na quarta-feira (8) e duas armas no último domingo (5). Isso mostra o esforço contínuo das forças de segurança para conter o avanço das facções e restabelecer a tranquilidade na região”, afirmou o delegado.

 

A operação contou com o trabalho conjunto de equipes da Delegacia Territorial de Iguaí, Delegacia de Ibicuí, 8ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), Pelotão de Emprego Tático Operacional (PETO) de Itapetinga e do 2º Pelotão de Iguaí.

 

Segundo as corporações, a ação reforça a integração entre as forças policiais no combate ao tráfico de drogas, ao porte ilegal de armas e aos crimes violentos letais intencionais (CVLIs) na região.

 

“Estamos unindo esforços para desarticular as quadrilhas que tentam se instalar no território. Cada operação representa um passo importante para garantir mais segurança à população”, destacou um dos oficiais envolvidos na operação.

 

As buscas por outros envolvidos na tentativa de invasão e no duplo homicídio continuam. As armas e o material apreendido foram encaminhados para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), que fará a perícia balística para confirmar a relação com os crimes investigados.

 

Fonte: Bahia Notícias

Pedidos de pizza e dipirona viram alerta de agressão à mulher

Uma mulher conseguiu denunciar o ex-companheiro por violência doméstica ao simular o pedido de uma pizza durante uma ligação para o número 190, em Vitória da Conquista, no Sudoeste da Bahia. O caso, registrado na última quarta-feira (30), mobilizou uma equipe da Polícia Militar e terminou com a prisão do suspeito.

A vítima falou com o atendente do Cicom (Centro Integrado de Comunicações da Segurança Pública) como se estivesse encomendando uma pizza. A intenção era disfarçar o pedido de socorro, já que o ex-companheiro estava presente e a ameaçava.

“Gostaria de fazer um pedido de uma pizza”, diz a mulher no áudio do atendimento, divulgado pela Polícia Militar. Ao desconfiar da situação, o atendente pergunta: “A senhora está sendo ameaçada?”. Ela responde com um “sim, sim”.

O diálogo, que durou um minuto e 12 segundos, foi o suficiente para identificar a situação de risco e iniciar a ocorrência.

Ao chegarem à residência, os policiais encontraram o homem em atitude agressiva. Ele resistiu à prisão e precisou ser contido com munições de borracha. Segundo a SSP-BA (Secretaria de Segurança Pública da Bahia), o suspeito não aceitava o fim do relacionamento.

O agressor foi encaminhado à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Vitória da Conquista, onde o caso está sendo investigado.

Mulheres usam novos códigos para alertar agressões à políciaFoto: FreePik

Pedidos de socorro disfarçados

Uma mulher vítima de violência doméstica foi socorrida pela Polícia Militar após ligar para o 190 e pedir, discretamente, por uma “dipirona”. O caso, que ocorreu em Campo Grande, no mato Grosso do Sul, foi divulgado nesta terça-feira (5) pela corporação. O homem suspeito foi preso em flagrante.

A ligação, recebida pelo COPOM (Centro de Operações da Polícia Militar), chamou atenção dos agentes. Mesmo com a frase aparentemente banal — “Alô… eu preciso de uma dipirona” —, os policiais compreenderam que se tratava de um pedido de socorro. A gravação foi publicada nas redes sociais da PM, com a voz modificada para preservar a identidade da vítima. 

Durante a conversa, o policial que atendeu à ocorrência passou a fazer perguntas codificadas para entender melhor a situação:

— “A senhora confirma aí, se for positivo a informação, a senhora fala dipirona novamente. É seu marido?”, perguntou.

— “Sim, é a dipirona, sim”, respondeu a vítima.

— “Agora fala a intensidade da agressividade aí, a senhora miligramas, 10 miligramas, 20 miligramas ou 30 miligramas. Qual é a intensidade da agressividade dele?”

— “30”, finalizou.

Dias após o ocorrido, a vítima ligou novamente para o batalhão, dessa vez para agradecer o acolhimento e a resposta rápida. “O socorro chegou a tempo”, destacou a corporação.

A PMMS disse que os atendentes “são policiais militares experientes, com histórico de atuação na radiopatrulha e contato direto com vítimas de violência doméstica”. Além disso, esclareceu que eles recebe, treinamentos especializados, como técnicas estudos de casos reais, o que os capacita para “identificar com maior precisão situações de risco e prestar um atendimento mais sensível e eficaz”.

O homem foi encaminhado à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), onde foram adotadas as providências cabíveis.

Fonte: CNN Brasil

 

Polícia da Bahia é a que mais mata no Brasil pelo 3º ano seguido, aponta Anuário da Segurança Pública de 2024

Um a cada quatro homicídios na Bahia foram cometidos por policiais em 2024, é o que aponta o Anuário da Segurança Pública de 2024, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgado nesta quinta-feira (24). Em números absolutos, a polícia baiana foi a que mais matou entre os estados brasileiros no ano passado, registrando 1.556 homicídios, liderando a estatística pelo terceiro ano consecutivo.

O dado representa uma queda 8,6% em relação ao ano passado, quando foi reportado 1.700 casos. Em média, a polícia baiana foi considerada a segunda mais letal do Brasil, com 10,5 homicídios cometidos por policiais a cada 100 mil habitantes.

Polícia da Bahia é a que mais mata no Brasil pelo 3º ano seguido, aponta Anuário da Segurança Pública de 2024Foto: Alberto Maraux / SSP-BA

O Amapá ocupa a liderança de letalidade proporcional, com 17,1 homicídios a cada 100 mil habitantes ao longo de 2024. No recorte, a polícia amapaense foi responsável por um a cada três homicídios no estado.

No Brasil, foram registradas 6.243 pessoas mortas em decorrência de intervenções de policiais militares e civis da ativa, tanto em serviço quanto fora dele. O número representa uma redução de 3,1% na comparação com 2023.

Um detalhe é que pessoas negras, que compreendem a soma de pessoas pretas e pardas, corresponderam a 82% das vítimas de letalidade policial em 2024 no Brasil. Conforme o levantamento, o risco de uma pessoa negra ser morta pelas forças de segurança é 3,5 vezes maior do que o de uma pessoa branca.

Segundo o Anuário, as Mortes Decorrentes de Intervenções Policiais (MDIP) corresponde à soma de vítimas de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais, em serviço e fora de serviço. Em alguns casos, as mortes decorrentes de intervenções policiais são contabilizadas dentro dos homicídios dolosos.

Fonte: Bahia Notícias

Dona Ruth perde a guarda de Léo, filho de Marilia Mendonça, como fica a cabeça dessa criança?

E o pai, Murilo Huff, comprova alienação parental e negligência. Você tem ideia do que isso faz com a cabeça de uma criança?

Pouca gente entendeu a gravidade do que aconteceu aqui. Depois que Marilia Mendonça morreu, quem criou o pequeno Léo, foi a avó, Dona Ruth. Era ela quem dava colo, o leitinho e segurança.

Mas, o pai, Murilo Huff, entrou na justiça e pediu a guarda para ele. O motivo? Ele acusou a avó do filho de praticar alienação parental e ainda negligenciar a saúde do menino.

Dona Ruth desabafa após perder guarda do neto: “É cruel com a criança e conosco”Foto: Portal Leo Dias

O QUE É ALIENAÇÃO PARENTAL?

Alienação parental é quando um adulto faz a cabeça da criança contra o outro. Fala mal, omite informações, distorce verdades, faz chantagem emocional. O pior? Isso destrói o cérebro  em formação. A criança cresce dividida entre amar quem cuida ou quem é afastado, e carrega culpas que não são dela.

E O QUE É NEGLIGÊNCIA MÉDICA?

Murilo também acusou Dona Ruth de esconder informações sobre a saúde do próprio neto. Léo tem diabetes tipo I, precisa de atenção redobrada.

Segundo a justiça, a avó teria orientado até babás a não contar pro pai quando o menino tomava antibióticos.

Sabe o que isso significa? Que o garoto ficou no meio de um cabo de guerra, sem saber quem realmente podia proteger ele.

Mas olha… Não vamos fazer fofoca de famoso. E nem pra te dar a notícia que você já leu em todos os sites. Vamos ver o que isso faz no cérebro, no corpo e no coração de uma criança. E, como, sem perceber, muitas pessoas repetem isso dentro de suas casas.

É como se o corpinho dele dissesse assim:

“Eu não sei se posso confiar no amor. Não sei se é seguro receber o doce da vida. Então vou precisar controlar isso, para não me machucar mais.”

Quando uma criança perde a mãe tão cedo, e depois vive em meio a disputas e segredos, o corpo dela entende que o mundo é perigoso. E manifesta isso em forma de doença, pra tentar proteger o coraçãozinho.

NEUROCIÊNCIA: O CÉREBRO SOB ATAQUE

Pela neurociência, quando uma criança vive estresse crônico, o cérebro dela muda de verdade.

A amígdala fica super alerta, o hipocampo registra medo em vez de memórias felizes, o pré-frontal tem dificuldade de amadurecer.

Resultado?

Ansiedade, crise de pânico, dificuldade pra confiar nas pessoas e até doenças autoimunes no futuro.

PSICOLOGIA: O EMOCIONAL EM FRANGALHOS

Na psicologia, a gente vê que crianças assim podem ter medo constante de serem abandonadas, pesados, insegurança pra falar o que sentem.

Muitas voltam a fazer xixi na cama, têm ataques de raiva ou ficam quietinhas demais.

Tudo porque o lar, que deveria ser o lugar mais seguro do mundo, virou palco de disputa.

COMO EVITAR QUE ISSO ACONTEÇA?

Então se você que é pai, mãe, avó, tia…

Por favor, nunca coloque uma criança no meio dos seus problemas de adulto.

Não fale mal do outro na frente dela. Não a force a escolher lados.

E dê o exemplo do que é um amor maduro, seguro, presente.

O QUE A CRIANÇA PRECISA

Uma criança precisa de previsibilidade. precisa saber que você vai estar lá amanhã.

Precisa de colo, de rotina, de conversas calmas sobre sentimentos.

Precisa entender que o mundo pode ser bom, e que o amor não vai sumir de uma hora para outra.

Blinde suas crianças para que elas não vivam essa bagunça emocional que o Léo está vivendo.

Fonte: Instagram @dra.proton

Na trama, a personagem Lucimar, interpretada pela atriz Ingrid Gaigher, decide buscar seus direitos na Justiça.

Uma cena da novela “Vale Tudo”, teve um impacto direto na vida real: apenas uma hora após a exibição, o aplicativo da Defensoria Pública do Rio de Janeiro registrou mais de 270 mil acessos relacionados a pedidos de pensão alimentícia.

Ingrid Gaigher assume papel que foi de veterana em Vale Tudo: "Expectativa  é alta"Foto: Globo/Angélica Goudinho

“O nosso aplicativo da Defensoria teve um aumento exponencial”, diz uma funcionária da Defensoria Pública.

Na trama, a personagem Lucimar, interpretada pela atriz Ingrid Gaigher, decide buscar seus direitos na Justiça. A cena retrata o momento em que ela toma a decisão de formalizar a guarda do filho e cobrar pensão do pai da criança.

“Eu nem acredito que depois de oito anos, eu vou colocar o Vasques na Justiça”, diz a personagem. “Opa: formalizar a guarda do Jorginho”, completa.

A repercussão foi imediata. A atriz Ingrid Gaigher, falou sobre a responsabilidade de interpretar uma personagem que representa tantas mulheres brasileiras.

Foto: Globo/Angélica Goudinho

“Eu falei: bom, eu tenho que estudar muito e me aprofundar nesse tema para não falar de forma leviana sobre um assunto tão sério. Por mais que existam 11 milhões de pessoas nessa situação, ainda parece um tema novo. É curioso”, afirmou a atriz.

A realidade retratada na novela é vivida por muitas mulheres, como Rita de Cássia, atendente, que se identificou com a personagem.

“É ótimo, minha filha. Tem que colocar ele na cadeia pra ver se toma juízo. Eu acho que sou uma das Lucimares. Tenho uma filha na Paraíba, o pai dela é a mesma coisa: não quer ajudar. Paga R$ 150 e acha que é uma ajuda. Eu trabalho aqui e mando dinheiro pra minha mãe que está com ela lá. Eu vou colocar ele na Justiça”, contou.

Fonte: G1 / Profissão Repórter

Jovem se torna advogada e defende mãe em julgamento 12 anos após acusação de homicídio na Bahia; mulher foi absolvida

Quando Maria Rosália Pita, de 47 anos, começou a ser investigada, Camila tinha apenas 14 anos e havia começado a cursar a 1ª série do Ensino Médio na cidade de Valença.

A baiana Camila Pita, de 27 anos, se tornou advogada após uma acusação de homicídio transformar a vida da sua família: quando ainda era adolescente, a mãe dela, a administradora Rosália Maria, foi acusada de matar o namorado. O processo se arrastou por mais de uma década e, 12 anos depois, Camila defendeu a mãe no tribunal.

“Para mim, não restou nenhuma opção além de cursar Direito,

porque eu queria entender tudo que estava acontecendo”, explicou a jovem.

Jovem advogada defendeu a própria mãe em julgamento de homicídio — Foto: Arquivo pessoalJovem advogada defendeu a própria mãe em julgamento de homicídio — Foto: Arquivo pessoal

Em março de 2012, Camila tinha apenas 14 anos e havia começado a cursar a 1ª série do Ensino Médio na cidade de Valença, no baixo sul da Bahia. No dia 13 daquele mês, ela acordou com a polícia à procura da mãe. “Pensei que ela tinha morrido, entrei em desespero”.

Após conversar com os policiais, Camila entendeu o que tinha acontecido: a mãe, que morava com ela e a avó, havia passado a noite com o namorado, José Antônio Silva; o homem morreu dentro de um carro e a administradora era a única testemunha. A família conta que o casal estava em processo de separação, mas José Antônio não aceitava o rompimento.

“Na época, era o assunto da cidade. Foram muitos comentários contra e a favor.

Minha mãe ficou com medo de alguém me fazer algum mal,

não gostava que eu saísse de noite”.

Segundo Camila, a mãe atendeu todos os pedidos dos policiais e participou da reconstituição, mas mesmo assim o caso não foi concluído com rapidez. Ao longo do processo, houve diversos adiamentos e pedidos de recursos que atrasaram o julgamento em mais de uma década.

A então adolescente passou a acompanhar cada etapa do caso. Ela questionava os advogados e lia os documentos enquanto concluía a escola. Assim, no momento de se inscrever para o vestibular, não teve dúvida: estudaria Direito e se especializaria em Direito Penal.

Mas o objetivo de Camila nunca foi defender a mãe no tribunal, até porque ela acreditava que quando recebesse o diploma, o caso já teria sido resolvido. Com a escolha do curso, ela pretendia acompanhar melhor o processo e entender cada etapa.

“Eu queria ser delegada, porque acreditava que havia sido um erro de investigação,

mas assisti a um júri e fiquei encantada. Era uma advogada mulher, jovem,

muito parecida comigo. Depois disso, decidi que iria seguir esse caminho”.

Processo contra Rosália Maria levou 12 anos até o julgamento — Foto: Arquivo pessoalProcesso contra Rosália Maria levou 12 anos até o julgamento — Foto: Arquivo pessoal

Após se formar, em 2021, Camila passou a trabalhar na área para adquirir experiência. Ela integrou alguns júris e, em novembro de 2024, participou do mais importante deles: o julgamento da própria mãe. A jovem foi uma das sete advogadas na defesa de Rosália Maria.

“Eu não fiquei mais nervosa, pelo contrário, me senti mais tranquila por

estar ali naquela posição. Eu sabia que poderia fazer algo para mudar aquela situação”.

O tribunal do júri começou por volta de 8h e só foi finalizado à 1h da manhã do dia seguinte, no Fórum de Valença. Segundo Camila, a cidade compareceu em peso e diversos comércios ficaram fechados ao longo do dia. No fim, a decisão que elas esperavam há 12 anos: Rosália Maria foi absolvida.

“Eu acreditava muito, mas mesmo assim fiquei muito nervosa na espera do resultado. Fiquei muito aliviada com a decisão”, lembrou.

Camila não esperava compor a equipe de defesa no júri da própria mãe — Foto: Arquivo pessoalCamila não esperava compor a equipe de defesa no júri da própria mãe — Foto: Arquivo pessoal

Relembre o caso Araceli: Crime brutal, serviu para alertar a sociedade sobre a violência contra as crianças

Morte de Araceli, em 1973, serviu de marco para a criação do Dia Nacional de Combate ao Abuso Sexual contra crianças, 18 de maio.

O caso do desaparecimento e morte da menina de oito anos, Araceli Cabrera Crespo, em maio de 1973, intriga pela grande quantidade de fatos desencontrados. Polícia, suspeitos e familiares se depararam com diversas versões ao longo desses anos, e o crime permaneceu sem solução. O processo, depois do julgamento e absolvição dos acusados, foi arquivado pela Justiça.

Araceli foi raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada no Espírito Santo. O corpo foi deixado desfigurado e em avançado estado de decomposição próximo a uma mata, em Vitória, dias depois de desaparecer.

Araceli Cabrera Crespo — Foto: Arquivo PessoalAraceli Cabrera Crespo — Foto: Arquivo Pessoal

Depois de alguns anos, o dia do desaparecimento de Araceli passou a servir de marco para alertar a sociedade sobre a violência contra as crianças. O 18 de maio foi instituído como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, desde o ano 2000.

18 de maioFoto: Internet

A ideia de celebrar o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes surgiu em 1998, quando cerca de 80 entidades públicas e privadas reuniram-se na Bahia para o 1º Encontro do ECPAT no Brasil. O ECPAT é uma organização internacional que luta pelo fim da exploração sexual e comercial de crianças e adolescentes, surgida na Tailândia. A então deputada federal capixaba Rita Camata, atuando como presidente da Frente Parlamentar pela Criança e Adolescente da Câmara dos Deputados, propôs um projeto de lei estabelecendo o dia da morte de Araceli como Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. O projeto virou a Lei N° 9.970, sancionada, em 17 de maio de 2000, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Desde então, entidades que atuam em defesa dos direitos de crianças e adolescentes promovem atividades em todo o país para conscientizar a sociedade e as autoridades sobre a gravidade dos crimes de violência sexual cometidos contra menores.

 

Fonte: g1 e Wikipedia

O gesto simples feito com uma mão que ajuda a salvar mulheres vítimas de violência.

Um gesto tão simples como abrir a palma da mão e esconder o polegar sob os dedos pode salvar uma vida.

Isadora Cruz interpretando Roxelle em 'Volta por Cima'Foto: Roxelle (Isadora Cruz) – Internet

Necessário! A novela da rede Globo, “Volta por Cima”, exibiu uma cena em que uma personagem faz um sinal conhecido entre mulheres, para indicar que precisa de ajuda em uma situação de risco. Ela, fez o sinal universal de socorro para avisar outras mulheres que está sofrendo violência doméstica, no folhetim ela vive uma relação abusiva e é mantida em cárcere privado pelo companheiro.

Volta por Cima: Roxelle vira alvo de Gerson - SUDOESTE MSFoto: Roxelle (Isadora Cruz) e Gerson (Enrique Diaz) – Internet

O sinal é conhecido como #SignalForHelp (Sinal por ajuda, em tradução livre para o português) e significa: “Preciso de ajuda, violência baseada em gênero”.

Ele foi criado para a Canadian Women’s Foundation, uma ONG de proteção a mulheres sediada no Canadá, por uma agência de publicidade de Toronto.

O objetivo era abordar o aumento dos casos de violência doméstica durante a pandemia, principalmente nos primeiros confinamentos, e seu uso desde então vem se popularizando.

Em 3 etapas

O gesto é feito em três etapas: a vítima levanta a mão com a palma voltada para fora, depois dobra o polegar e, por fim, fecha os outros dedos sobre ele, encapsulando-o para se referir a “sentir-se preso ou confinado”.

A palma da mão deve apontar para a pessoa a quem se pede ajuda.

Segundo Andrea Gunraj, vice-presidente de Compromisso Público da Canadian Women’s Foundation, a ideia era conceber “um gesto simples com uma das mãos que pudesse ser usado (inicialmente, em videochamadas) sem deixar rastros digitais, e que seria muito útil quando alguém estivesse preso em uma casa violenta”, disse ela à emissora pública canadense CBC.

Para chegar ao sinal mais adequado, foram analisados diferentes movimentos, outros gestos de mão e linguagens de sinais internacionais, acrescentou Graham Lang, diretor de criação da agência de publicidade Juniper Park\TBWA, que trabalhou no desenvolvimento da campanha.

“Era fundamental que fosse único e diferente para não causar confusão entre línguas e culturas”.

Sinal de socorro contra violência machistaFoto: BBC News

Um gesto internacional

Vídeos mostrando o sinal de ajuda também foram amplamente divulgados no Reino Unido, especialmente após o assassinato da jovem Sarah Everard, o que gerou um debate sobre a segurança das mulheres nas ruas do país.

Segundo o site de notícias publicitárias AdAge, desde o lançamento da campanha, o sinal de socorro contra a violência foi compartilhado em mais de 40 países, e mais de 200 organizações internacionais o adotaram.

 Captura de tela da jovem fazendo sinal com as mãosFoto: BBC News

Gunraj disse que a entidade ouviu falar de pessoas que viram o gesto e conseguiram agir e garantir que a vítima recebia apoio.

A ideia é que o sinal continue a ser utilizado globalmente, por isso a Canadian Women’s Foundation criou imagens e instruções em inglês, francês e espanhol, com o objetivo de que ele possa continuar a ser compartilhado em todo o mundo.

Fonte: BBC News Brasil



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