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:: ‘Destaque5’

Saque-aniversário do FGTS em 2023 já está disponível

 

Os trabalhadores que optarem pelo saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aos poucos começam a ter acesso à cota de 2023. As retiradas ocorrem conforme o mês de aniversário do trabalhador. Cerca de 1,3 milhão de cotistas nascidos em janeiro podem fazer o saque nesta segunda-feira (2).
Criada em 2019 e em vigor desde 2020, essa modalidade permite a retirada de parte do saldo de qualquer conta ativa ou inativa do fundo a cada ano, no mês de aniversário, em troca de não receber parte do que tem direito em caso de demissão sem justa causa. Até agora, cerca de 17,8 milhões de pessoas aderiram ao saque-aniversário, segundo a Agência Brasil.
O período de saques começa no primeiro dia útil do mês de aniversário do trabalhador. Os valores ficam disponíveis até o último dia útil do segundo mês subsequente. Caso o dinheiro não seja retirado no prazo, volta para as contas do FGTS em nome do trabalhador.
Confira o calendário do saque-aniversário em 2022 por mês de nascimento e período de pagamento:Janeiro 2 de janeiro a 31 de março
  • Fevereiro 1º de fevereiro e 28 de abril
  • Março 1º de março a 31 de maio
  • Abril 3 de abril a 30 de junho
  • Maio 2 de maio a 31 de julho
  • Junho 1º de junho a 31 de agosto
  • Julho 3 de julho a 29 de setembro
  • Agosto 1º de agosto a 31 de outubro
  • Setembro 1º de setembro a 30 de novembro
  • Outubro 2 de outubro a 29 de dezembro
  • Novembro 1º de novembro a 31 de janeiro de 2023
  • Dezembro 1º de dezembro a 29 de fevereiro de 2024
A adesão a esse tipo de modalidade é voluntária e pode ser feita por meio do aplicativo oficial do FGTS, disponível para smartphones e tablets dos sistemas Android e iOS. O processo também pode ser feito no site da Caixa Econômica Federal ou nas agências do banco. Se quiser receber o dinheiro no mesmo ano, o trabalhador deverá optar pelo saque-aniversário até o último dia do mês de nascimento. Caso contrário, só receberá a partir do ano seguinte.
Ao retirar uma parcela do FGTS a cada ano, o trabalhador deixará de receber o valor depositado pela empresa caso seja demitido sem justa causa. O pagamento da multa de 40% nessas situações está mantido. As demais possibilidades de saque do FGTS – como compra de imóveis, aposentadoria e doenças graves – não são afetadas pelo saque-aniversário.
A qualquer momento, o trabalhador pode desistir do saque-aniversário e voltar para a modalidade tradicional, que só permite a retirada em casos especiais, como demissão sem justa causa, aposentadoria, doença grave ou compra de imóveis. A decisão, porém, exige cuidado. Ao voltar para o saque tradicional, o trabalhador ficará dois anos sem poder sacar o saldo da conta no FGTS, mesmo em caso de demissão. Se for dispensado, receberá apenas a multa de 40%.
A Caixa orienta o resgate por meio do aplicativo FGTS. Nesse caso, o trabalhador pode programar a transferência do dinheiro para qualquer conta em seu nome, independentemente do banco. A operação não tem custo.
As retiradas podem ser feitas nas casas lotéricas e terminais de autoatendimento para quem tem senha do Cartão Cidadão. Quem tem Cartão Cidadão e senha pode sacar nos correspondentes Caixa Aqui, caso esses estabelecimentos estejam autorizados a abrir. Basta apresentar documento de identificação.
O valor que o trabalhador que aderiu ao saque-aniversário tem direito de retirar a cada ano depende do saldo em cada conta do FGTS. Para contas com saldo de até R$ 500, poderá ser retirado 50% do total. A partir daí, o percentual cai, mas será paga um valor fixo adicional, que aumenta conforme o saldo total.
Fonte: Bahia Extra

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Com primeiro tempo avassalador, Brasil vence Coreia do Sul e avança para as quartas de final da Copa

Seleção goleou sul-coreanos por 4×1, pelas oitavas de final, e agora encara a Croácia na próxima etapa

 

Muitos gols, muita dança, muita festa. Tudo com muita “cara de Brasil”. A classificação para as quartas de final da Copa do Mundo 2022 veio com uma goleada por 4×1 diante da Coreia do Sul, no estádio 974, pelas oitavas de final. Na etapa seguinte, a equipe encara a Croácia, que venceu o Japão nas penalidades, após empate em 1×1 no tempo normal.

 

O Brasil desta Copa passou a primeira fase sem marcar gols no primeiro tempo. Testou a ansiedade do torcedor. Contra a Coreia do Sul, porém, a ordem era começar a festejar o mais rápido possível. Começou no ônibus, na entrada do estádio, e não demorou a dar continuidade no campo.

 

Brasil festeja vitória

 

 

Apuração dos votos: 100% das urnas são totalizadas

 

A apuração dos votos do primeiro turno das eleições de 2022 terminou no começo da madrugada desta segunda-feira (31), com 100% das urnas totalizadas. Lula (PT) foi eleito presidente do Brasil com 2,1 milhões de votos a mais do que Jair Bolsonaro (PL). Foram 50,90% dos votos, contra 49,10% do atual presidente.

 

A vitória de Lula foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quando havia 98% das urnas apuradas, às 19h57. Àquela altura, ele tinha 50,83% dos votos válidos e não poderia mais ser alcançado por Bolsonaro, que contabilizava 49,17%.

 

Essa é a menor diferença percentual a favor do ganhador desde que as eleições livres foram retomadas, em 1989.

 

Os dois candidatos que disputavam a presidência neste domingo (30) estiveram na frente da disputa em momentos diferentes da apuração. Presidente eleito, Lula (PT) ultrapassou Jair Bolsonaro (PL) às 18h44 e alargou a diferença desde então.

 

Nos 7 primeiros minutos de apuração, quando o percentual de votos era menor que 1%, Lula ficou na dianteira da disputa, mas perdeu o posto às 17h07. Bolsonaro, então, passou mais de uma hora liderando.

 

Após a disputa mais acirrada desde a redemocratização e uma campanha turbulenta, marcada por uma polarização histórica, guerra suja nas redes sociais, batalha religiosa e episódios de violência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente.

 

Bolsonaro é o primeiro presidente a fracassar na busca por ser reconduzido ao posto desde a redemocratização. Ao longo da corrida, seu governo lançou mão de diversas medidas para aumentar a popularidade e tentar ampliar as chances de reeleição.

 

Torneiro mecânico, líder sindical e membro fundador do PT, Lula, de 77 anos, é o primeiro ex-presidente a voltar ao cargo. Ele governou por dois mandatos, entre 2003 e 2010 – o terceiro começa em 1º de janeiro de 2023. Ao deixar o Planalto, tinha aprovação recorde e foi sucedido por Dilma Rousseff (PT), que esteve à frente do Executivo entre 2011 e 2016, quando sofreou impeachment.

 

Desta vez, o petista terá quatro dias a mais para governar o país – uma reforma eleitoral aprovada em 2021 definiu que, em 2027, a posse presidencial será em 5 de janeiro. Lula retorna 12 anos após encerrar seu segundo governo e três depois de sair da prisão, onde passou 580 dias.

 

Condenado pelo ex-juiz e senador eleito Sergio Moro, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá, no âmbito da Operação Lava Jato, o petista foi preso em abril de 2018.

 

Ele deixou a carceragem, em Curitiba, em novembro de 2019, depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucional a prisão em segunda instância. Em março de 2021, a Corte anulou as condenações impostas por Moro, que foi ministro de Bolsonaro.

 

Fonte:G1

Violência e abuso sexual infantil: como identificar sinais em crianças e adolescentes

 

De uma hora pra outra, a criança que ia bem na escola passa a tirar notas baixas. Ou deixa de brincar com os amigos e fica mais introspectiva. Se é pequena, pode voltar a usar fraldas ou demonstrar pavor quando chega perto de algum parente. Existem vários sinais de que uma criança ou adolescente pode estar sofrendo alguma violência ou abuso sexual. Mas muitos desses casos, que poderiam ter sido evitados, ficam escondidos dentro dos lares.

 

“A gente estima que só 10% dos casos chegam às autoridades competentes para a apuração. Até porque boa parte dos maus-tratos e também dos casos de violência sexual ocorrem nas residências e são cometidos por pessoas próximas ou familiares”, diz o advogado Ariel de Castro Alves, membro do Instituto Nacional dos Direitos da Criança e Adolescente.

 

Uma pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em 13 de julho, mostrou que um em cada sete adolescentes já sofreu algum tipo de violência sexual. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2009/2019, que ouviu alunos do 9º ano do ensino fundamental (idades entre 13 e 15 anos) de capitais.

 

De 2016 a 2020, 35 mil crianças e adolescentes foram assassinados no Brasil, uma média de 7 mil por ano, segundo estudo da Unicef e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgado em 2021.

 

Outra pesquisa, também feita pelo Fórum de Segurança, diz que pelo menos quatro meninas menores de 13 anos são vítimas de estupros por hora no país. E, por ano, mais de 21 mil ficam grávidas antes dos 14 anos. A maioria das vítimas de estupro tinha algum vínculo com o autor:

 

  • 40% dos crimes foram cometidos por pais ou padrastos;
  • 37% por primos, irmãos ou tios;
  • Quase 9% por avós

 

“O Brasil é um dos países mais perigosos do mundo para suas crianças e adolescentes todos os dias. Então, apesar desse discurso de que no Brasil se valoriza a família, essa não é uma realidade”, afirma Ariel.

 

Muitas vezes, a criança não tem consciência de que é vítima de abuso ou maus-tratos. “Se ela é mais velha e já entende o que está acontecendo, ela tem vergonha. Somando a isso, você tem o problema da falta de quem proteja”, explica o desembargador Reinaldo Cintra Torres de Carvalho, responsável pela Coordenadoria da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

 

Segundo ele, é muito comum que denúncias sobre violência partam das escolas. “É o professor que vai perceber mudanças de comportamento, de humor, receber algum desenho, porque é alguém de confiança daquela criança.”

 

Neste ano, as denúncias de violência sexual mais que dobraram em relação ao começo da pandemia — quando as escolas estavam fechadas. Entre janeiro e abril deste ano, foram 4.486 denúncias, contra 2.120 no mesmo período de 2020, segundo relatório do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.

 

A pediatra Stella Tavolieri de Oliveira, que pesquisa o atendimento de vítimas de violência em hospitais, diz que ainda existem muitos profissionais da saúde despreparados para perceber os sinais de maus-tratos. “Alguns sinais que são importantes, e a notificação da suspeita e a denúncia podem ser anônimas. Existem canais para isso.”

 

“Todas as pessoas envolvidas no dia a dia da criança e do adolescente precisam ficar atentas e entender que na mão delas pode estar a diferença entre a vida e a morte de uma criança”, diz pediatra.

 

Conheça os principais sinais de violência e abuso:

 

  • Hematomas e fraturas constantes
  • Uso de roupas compridas, mesmo no calor, para esconder machucados
  • Queimaduras de repetição
  • Cobrir o rosto com as mãos quando adulto fala mais firme
  • Mudanças bruscas de comportamento: criança se torna mais agressiva ou quieta e triste
  • Mudanças no padrão de alimentação ou sono: passaram a comer e dormir muito mais ou muito menos
  • Regressão de comportamento: voltar a usar fraldas, fazer xixi na cama, crises de choro
  • Atrasos no desenvolvimento
  • Comportamento sexualizado, inadequado para a idade
  • Demonstrar medo de algum parente ou adulto próximo à família

 

Como proteger as crianças

 

Se você identificou sinal de violência em alguma criança, o primeiro passo é ouvi-la sem julgamentos e acolhê-la, estabelecendo uma relação de confiança e proteção. É importante que ela entenda que não vai ser punida se contar alguma situação ruim pela qual está passando. Isso porque muitas das vítimas de abuso ou maus-tratos sofrem ameaças para não revelar a violência.

 

“A gente precisa ter o bom-senso de não duvidar da palavra da criança num primeiro momento. É importante ouvir. O importante é dar segurança para a criança dizer aquilo que está sendo desagradável para ela”, afirma o desembargador Reinaldo Cintra.

 

Depois de ouvir o relato, é preciso encaminhar a denúncia aos órgãos competentes, como Conselho Tutelar, Disque 100, polícia ou Ministério Público. A pessoa que viu alguma suspeita de violência e não fez denúncia, pode responder por omissão de socorro.

 

A principal forma de prevenir situações do tipo é com educação, diz a pediatra. “A criança só vai saber que aquilo está errado se ela for ensinada que aquilo está errado, principalmente em relação ao abuso sexual.”

 

Segundo a especialista, as crianças precisam conhecer as partes do corpo, saber quais são os momentos em que ela pode tirar a roupa, entender que poucos adultos (os principais cuidadores) podem tocar nas suas partes íntimas e apenas para fazer higiene.

 

“A educação sexual deve ser iniciada dentro de casa, oferecida pela família, pelos pais, com uma linguagem adequada para a idade e compreensão daquela criança. Mas ela não deve ficar restrita ao ambiente familiar, e sim ser desenvolvida e reforçada no ambiente escolar”, afirma Stella.

 

Ariel de Castro diz que hoje virou tabu falar em educação sexual. “Nós não defendemos a educação sexual para educar alguém para fazer sexo. É o contrário. Para a pessoa poder compreender a sua sexualidade, a diversidade e como ela pode evitar ser vítima de violências. Como ela pode denunciar e como ela deve se posicionar.”

 

No caso das violências físicas, os especialistas defendem que cuidadores tenham oportunidade de aprender diferentes formas de educar, que não seja preciso recorrer a agressões.

 

“As crianças e adolescentes têm o direito de serem educadas sem castigos físicos, até para que não tenham como referência a violência. Senão, acaba sendo uma hipocrisia e uma contradição o pai e a mãe orientarem o filho a não brigar na escola, quando eles batem no seu filho em casa, diante das situações mais banais e fúteis possíveis”, afirma Ariel.

 

 

Fonte:G1

 

 

 

 

FJS realiza Feira de Saúde em Itapetinga

 

A Fundação José Silveira estará realizando nos próximos dias 21 e 22 de julho a Feira de Saúde.

Os atendimentos acontecerão no estacionamento do Hospital Cristo Redentor e contará com diversas especialidades e exames, como clínico geral, cardiologia, oftalmologista, ultrassom, preventivos, raio-x e mamografia.

Para ser atendida, a pessoa deverá apresentar documento com foto e cartão do SUS. Para a realização de ultrassons e raio-x, além dos documentos exigidos, o paciente deverá apresentar a requisição do exame.

Novo saque de até R$ 1.000 do FGTS começa amanhã

 

Os trabalhadores nascidos em junho receberão o saque extraordinário do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) a partir de quarta-feira (18). O governo autorizou o saque de até R$ 1.000 por pessoa na tentativa de injetar mais dinheiro na economia.

Os saques do FGTS começaram em 20 de abril e seguem até 15 de junho, sendo que o calendário varia de acordo com o mês de aniversário do trabalhador.

Dá para consultar o valor disponível e a data de recebimento pelo app FGTS ou em agências da Caixa Econômica Federal.

Depois que o dinheiro sair do FGTS e for creditado na poupança digital, o trabalhador que não quiser receber pode solicitar que o montante volte para sua conta do FGTS. Isso pode ser feito até 10 de novembro.

Se o trabalhador não informar nada e não sacar o dinheiro até 15 de dezembro, o valor voltará à conta de origem no FGTS, com correção monetária.

Quem ainda não recebeu pode fazer o pedido para pegar o dinheiro, por meio do app do FGTS ou em agências da Caixa.

 

Saque Extraordinário do FGTS – Calendário de pagamento

Um dia após não registrar novos casos de Covid-19, BA contabiliza mais 881 infectados pela doença em 24h

Dados da Covid-19 seguem em queda na BA e estado tem 67 novos casos conhecidos em 24h; 3 óbitos foram registrados — Foto: Reprodução

 

Um dia após a Bahia não registrar novos casos de Covid-19, o estado contabilizou mais 881 infectados e um óbito nas últimas 24 horas, segundo dados divulgados nesta terça-feira (5), pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesab). Além disso, o estado possui 1.358 casos ativos do coronavírus.

Desde o início da pandemia, 1.534.932 casos foram confirmados, 1.503.842 são considerados recuperados e 29.732 pessoas morreram.

A Sesab informou que os dados ainda podem sofrer alterações por causa de uma instabilidade do sistema do Ministério da Saúde. O órgão afirmou que a base ministerial tem, eventualmente, disponibilizado informações inconsistentes ou incompletas.

Os dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta terça-feira.

O boletim completo está disponível no site da Sesab e no Business Intelligence.

A Sesab não divulgou os dados referentes a ocupação dos leitos.

Vacinação

Até o momento temos 11.501.434 pessoas vacinadas com a primeira dose, 10.527.714 com a segunda dose ou dose única e 4.933.025 com a dose de reforço.

Do público de 5 a 11 anos, 822.876 crianças já foram imunizadas com a primeira dose e 186.719 já tomaram também a segunda dose.

Fonte: G1 Bahia

Violência doméstica: STF vota hoje mudança sobre medida protetiva.

Supremo vai votar Ação Direta de Inconstitucionalidade proposta pela Associação Brasileira de Magistrados

 

O STF (Supremo Tribunal Federal) deve decidir hoje se mantém ou derruba uma lei sancionada em 2019 que permite que delegados ou outras autoridades policiais emitam medidas protetivas de urgência para mulheres vítimas de violência doméstica em cidades que não são sede de comarca — ou seja, que não abrigam um fórum ou outra sede do poder judiciário.

A lei, que à primeira vista pode parecer um avanço para as mulheres, é motivo de debate desde que foi aprovada no Congresso, há três anos: por um lado, há quem defenda que a rapidez na decisão de afastar o agressor pode salvar a vida de quem sofre violência; por outro, que autoridades policiais não estão preparadas para decidir pela proteção dessas mulheres, e que a medida protetiva imediata, na verdade, gera uma falsa ideia de proteção e pode enfraquecer a Lei Maria da Penha.

O assunto chega ao STF depois que a Associação Brasileira de Magistrados propôs uma ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) alegando que permitir que delegados e policiais emitam uma medida protetiva levaria a uma “ofensa ao princípio da reserva de jurisdição” — em outras palavras, permite que delegados, que são membros do poder Executivo, exerçam uma função que, segundo a Constituição Federal, caberia apenas ao poder Judiciário, ou seja, aos juízes.

Para entender os impactos que uma possível mudança pode ter na vida das mulheres, foram ouvidos quatro profissionais que atuam na linha de frente do atendimento às vítimas de violência: a delegada Raquel Gallinati, presidente do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil de São Paulo; a juíza Teresa Cabral, integrante da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica do Poder Judiciário do Estado de São Paulo; e as advogadas Alice Bianchini, autora do livro “Crimes Contra Mulheres: Lei Maria da Penha, Crimes Sexuais e Feminicídio” (ed. Juspodivm) e Marina Ruzzi, da Rede Feminista de Juristas.

 

O que pode mudar?

Primeiro, é preciso reforçar que a regra não vale para todas os casos: um delegado só pode emitir uma medida protetiva de urgência em uma das 2.873 cidades que não são sede de comarca (pouco mais de metade dos municípios brasileiros); na ausência dele, um policial também pode decidir pela medida.

Até 2019, quando a lei passou a valer, o delegado que recebia a denúncia tinha até 24 horas para encaminhar o pedido de medida protetiva ao juiz mais próximo, que poderia levar até 48 horas para julgar o caso —ou seja, a medida protetiva só se tornava válida, de fato, três dias após a denúncia.

Agora, com a lei em vigor, uma mulher que vai à delegacia denunciar violência doméstica em uma cidade que não tem um juiz de plantão pode sair de lá já com a medida protetiva em mãos, assinada por um delegado ou, na falta dele, outra autoridade policial. Nesses casos, a medida começa a valer na mesma hora, mas deve ser enviada em até 24 horas ao juiz mais próximo, que tem outras 24 horas para confirmar que a decisão continue valendo.

Na prática, a lei reduziu de três dias para poucos minutos o tempo de espera por uma medida de restrição que afaste o agressor da vítima —se for derrubada pelo Supremo, volta a funcionar como antes: prazo de até três dias para que a medida protetiva seja válida.

Imagem: Getty Images/iStockphoto.

 

Prós: rapidez na proteção das mulheres.

A regra “bagunça” a divisão de atribuições de poderes estabelecidas pela Constituição, dizem especialistas, mas, como afirma a advogada Alice Bianchini, trata-se de uma ação emergencial muito específica. “Pode servir como um reforço temporário à proteção dessas mulheres”, diz.

Ela vê a lei com bons olhos e afirma que uma atuação mais lenta da Justiça diante de um caso de violência doméstica pode levar à morte de mulheres.

Raquel Gallinati, do Sindicato dos Delegados, também defende que a lei seja mantid e discorda que ela leve à “ofensa ao princípio da reserva de jurisdição”, como alegou a Associação Brasileira de Magistrados, autora da ação. Ela lembra que, ao final, é o juiz quem toma a decisão final de manter de pé a medida.

“O delegado é o primeiro garantidor da legalidade e da justiça. É na porta de delegacia, no calor dos fatos, que a integridade física daquela mulher pode ser resguardada com mais eficácia”, fala. “Derrubar essa permissão é um retrocesso ao aparato de proteção da mulher vítima de violência”.

A delegada destaca, ainda, que nem todos os estados brasileiros vivem a mesma realidade de São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo. “Quando falamos de municípios das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, a vulnerabilidade é muito maior. Ao não permitir a ação imediata do Estado, a gente faz com que a vulnerabilidade dessas mulheres fique latente.”.

“Se, mesmo com a lei em vigor, o juiz deve ser comunicado em 24 horas e responder em igual prazo, não existe usurpação dos poderes. É uma briga corporativista que não está visando o principal, que é a proteção da mulher” Raquel Gallinati, presidente do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil de São Paulo .

 

Contras: despreparo de policiais e desvio de foco.

Marina Ruzzi, advogada, afirma que há um despreparo de delegados e policiais —inclusive em delegacias especializadas— para atender mulheres vítimas de violência. Por isso, acredita que a lei deve ser derrubada para que apenas juízes possam decidir por conceder ou não uma medida protetiva, como acontecia antes de 2019.

“Muito me preocupa o perfil desses delegados. A Lei Maria da Penha prevê a capacitação da força policial em termos de raça e gênero, mas isso não é feito com a frequência que deveria”, afirma. “São inúmeros os relatos de mulheres que procuram a polícia e são desacreditadas, desencorajadas, escutam barbaridades machistas de delegados e policiais. Muitas vezes, são orientadas a ir para casa e voltar no dia seguinte”, explica.

Segundo Ruzzi, com essa lei, se assume que delegados de cidades pequenas, que não têm delegacias e nem varas especializadas, estariam preparados para decidir pela proteção ou não desta mulher, quando muitas vezes não é esse o caso.

Além disso, ela considera a norma vigente uma espécie de “tampão” que, na prática, desvia o foco das políticas públicas de enfrentamento à violência de gênero. O mesmo percebe a juíza Teresa Cabral, que não vê grande eficácia na lei e acredita que ela “desmonta” toda uma estrutura interdisciplinar criada pela Lei Maria da Penha, o que, no final, prejudica a proteção da vítima.

Não vejo mudanças substanciais e significativas nessa alteração judicial [de 2019]”, afirma Cabral. “A violência doméstica é um problema muito complexo e, justamente por isso, a Maria da Penha estabelece uma rede de proteção integral à mulher, que envolve diferentes esferas —polícia, Justiça, assistência social, saúde, etc. Quando a gente mexe nessa estrutura e não aciona todos os agentes da rede, há uma falsa ideia de proteção. A mulher entende que a violência vai parar com a medida protetiva, mas, na verdade, o que interrompe a violência é toda essa articulação.”.

Se a rede de proteção não está ciente da violência, afirma a juíza, não há como encaminhar a mulher a uma casa de acolhimento ou fiscalizar se o agressor está cumprindo a medida protetiva, por exemplo. “O risco, portanto, é aumentado.”

“Se a gente tem que fazer uma opção como sociedade, deveria ser pelo fortalecimento das políticas públicas, das Casas da Mulher Brasileira, do treinamento de profissionais da saúde, psicologia, assistência social que atendem as vítimas. Nossos esforços têm que ser voltados para isso porque só com políticas públicas fortes é possível romper o ciclo da violência”.

4 produtos exportados por Rússia e Ucrânia que devem ficar mais caros no mundo

Rússia e Ucrânia, o “celeiro da Europa”, representam 29% das exportações globais de trigo — Foto: GETTY IMAGES via BBC

 

Os mercados de matérias-primas ao redor do mundo foram sacudidos pela guerra na Ucrânia, e não se trata de uma consequência apenas das sanções ocidentais contra a Rússia, que agora incluem o gás e o petróleo.

Os preços de matérias-primas também dispararam devido às interrupções no fornecimento causadas pela invasão russa, que bloqueou o fluxo de grãos e metais vindos da região.

Tanto a Rússia como a Ucrânia têm papeis estratégicos nos mercados internacionais de produtos básicos. Ambos são grandes exportadores de produtos como trigo e cereais, petróleo, gás natural, carvão, ouro e outros metais preciosos.

A guerra afetou tanto a produção interna como as cadeias de distribuição cruciais para o resto do mundo, jogando os preços para cima. A situação tem sido descrita como “catastrófica” por muitos países, particularmente os mais pobres.

Abaixo, conheça os principais produtos de exportação vindos da Ucrânia e da Rússia cuja distribuição tem sido afetada pela guerra.

1. Energia

A economia da Rússia depende significativamente da exportação de petróleo e gás. O país é o terceiro exportador de petróleo do mundo (depois da União Europeia e da Arábia Saudita) e um dos maiores exportadores de gás.

Antes da invasão da Ucrânia, a Rússia fornecia 1 em cada 10 barris de petróleo que o mundo consumia. Agora, porém, com a guerra e o anúncio de Estados Unidos, Canadá e Reino Unido de proibir a importação de produtos de energia russos, o mercado internacional de petróleo enfrenta sua maior turbulência desde a década de 1970.

Os especialistas afirmam ser provável que os preços continuem subindo enquanto a guerra durar, já que há poucas alternativas para substituir as exportações russas de aproximadamente 5 milhões de barris por dia.

A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), da qual a Rússia não faz parte, indicou que não será fácil encontrar essas alternativas, como disse o secretário-geral da entidade, Mohammad Barkindo.

“Não existe capacidade no mundo” que possa substituir a produção russa, indicou Barkindo. Ele acrescentou que “não temos controle sobre os atuais acontecimentos, a geopolítica, e isso está ditando o ritmo do mercado”.

Até mesmo os países com baixas importações de produtos de energia russos sentirão o impacto, pois é provável que subam os preços de venda de combustíveis para atacadistas.

2. Alimentos

Tanto a Rússia como a Ucrânia são grandes exportadores de produtos alimentícios. Os dois países, conhecidos como o “celeiro da Europa”, representam 29% das exportações globais de trigo e 19% das de milho, segundo dados do banco JP Morgan. Os preços do trigo em algumas bolsas de futuro têm sido negociados nos maiores valores em 14 anos.

A Ucrânia é o maior produtor mundial de azeite de girassol, e a Rússia ocupa o segundo lugar, segundo a S&P Global Platts. Juntos, representam 60% da produção mundial.

Tanto o trigo como o azeite de girassol são matérias-primas importantes, utilizadas em muitos produtos alimentícios. Se a colheita ou o processamento são prejudicados, ou se as exportações são interrompidas, as nações importadoras precisam encontrar formas de substituir esse fornecimento.

Analistas alertam que o impacto da guerra na produção de grãos pode chegar a duplicar os preços internacionais do trigo. Isso poderia afetar gravemente vários países que dependem das importações de grãos vindas da região do Mar Negro.

O diretor do Programa Mundial de Alimentos, David Beasley, disse à BBC que o aumento de preços devido ao conflito na Ucrânia pode ter um impacto catastrófico sobre as nações mais pobres.

“No Líbano, cerca de 50% de seus grãos vêm da Ucrânia. Iêmen, Síria, Tunísia etc dependem da Ucrânia como fornecedor de grãos”, afirmou. “Rússia e Ucrânia deixarão de ser um celeiro para literalmente ter que repartir o pão. É simplesmente uma incrível reversão da realidade.”

3. Metais

A Rússia é um dos maiores fornecedores do mundo de metais utilizados em todo tipo de produtos, de latas de alumínio até cabos de cobre e componentes de automóveis.

O país é o quarto exportador global de alumínio e um dos cinco principais produtores mundiais de aço, níquel, paládio e cobre. A Ucrânia também é um fornecedor importante e possui uma importante participação na exportação de paládio e platina.

Isso significa que, devido à invasão da Ucrânia pela Rússia, poderemos ver um aumento de preços dos produtos enlatados e de cabos de cobre.

“Temos visto que o alumínio e o níquel subiram 30% desde o início do ano, e isso finalmente se transmitirá aos consumidores quando comprarem suas latas de bebidas feitas de alumínio ou quando fizerem reformas em suas casas e precisarem de cobre para seu cabeamento. Todos esses preços entram na pressão inflacionária geral”, disse à BBC Matthew Chamberlain, diretor da Bolsa de Metais de Londres (Reino Unido).

A Rússia é ainda o terceiro produtor mundial de ouro, depois da Austrália e da China. Segundo dados do Conselho Mundial, em 2021 o país abasteceu o mundo com 350 toneladas do precioso metal.

No início de março, o ouro alcançou seu preço mais alto desde agosto de 2020, sendo negociado a mais de US$ 2 mil a onça (uma onça corresponde a cerca de 28 gramas).

Isso ocorreu devido à entrada de capital de investidores que buscam um refúgio seguro em tempos de incertezas no mercado. Mas o preço de outros metais disparou por causa dos temores de interrupção do fornecimento vindo da Rússia e da Ucrânia.

No início de março, o níquel – utilizado em baterias feitas de lítio-ferro – disparou 76%, e o paládio – usado nos conversores catalíticos de automóveis para reduzir emissões de gases – alcançou níveis inéditos, informou a agência de notícias Reuters.

Qualquer interrupção na oferta de paládio, dizem analistas, poderia criar sérios problemas para os fabricantes de carros.

“A Rússia representa 38% da produção mundial de paládio. Como os cortes de fornecimento não podem ser compensados por outras regiões, o mercado corre o risco de cair em um déficit de oferta considerável”, disse à publicação Business Insider o estrategista do Commerzbank, Daniel Briesemann.

4. Néon

A Ucrânia é um dos principais provedores de gases raros purificados, como o criptônio e o néon (ou neônio), este último essencial para a fabricação de semicondutores.

Segundo dados da consultoria TrendForce, a Ucrânia representa quase 70% das exportações mundiais de gás néon purificado, usado para os lasers que gravam os padrões dos semicondutores.

Mais de 90% do néon utilizado pela indústria de chips dos Estados Unidos vem da Ucrânia. Qualquer alteração em seu abastecimento poderia agravar a escassez de microchips, que já foi um problema significativo em 2021.

“Como a Rússia fornece mais de 40% do abastecimento mundial de paládio, e a Ucrânia produz 70% do fornecimento mundial de néon, podemos esperar que a escassez mundial de chips piore se o conflito militar persistir”, escreveu Tim Uy em um relatório recente da Moody’s Analytics.

“Durante a guerra de 2014-15, na Ucrânia, os preço de néon subiram várias vezes, o que indica a gravidade para a indústria dos semicondutores. As empresas de semicondutores representam 70% da demanda total de néon, já que este é uma parte integral do processo litográfico para fabricar chips.”

Fonte: G1



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