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:: 4/abr/2025 . 8:11

O que acontece no seu corpo quando você toma um choque

Todo mundo já vivenciou o susto e a dor de sentir a corrente elétrica passando pelo corpo durante a manipulação de um fio desencapado ou algum eletroeletrônico. Na maioria das vezes, trata-se de uma descarga leve, sem grandes consequências. Mas a depender da intensidade e da extensão do choque, lesões dentro e fora do seu corpo podem aparecer.

Associado a acidentes e passível de prevenção, o choque pode decorrer de descargas na atmosfera ou da eletricidade gerada no ambiente doméstico ou industrial. Exposições profissionais, contato com fios e tomadas residenciais, além de cabos na rua são causas frequentes.

O curioso desses eventos é que mesmo baixas voltagens (a doméstica tem 220 volts) podem levar a consequências tão graves quanto altas voltagens (qualquer voltagem acima de 500 volts). Isso depende do tempo de exposição, tamanho do indivíduo, além do caminho traçado no corpo pela eletricidade.

  • No Brasil, entre 2023 e 2024 ocorreram 759 óbitos por descargas elétricas.
  • Estima-se que ocorram cerca de 1.000 mortes anuais nos EUA pela mesma causa.
  • Naquele país, cerca de 400 delas decorrem de choques de alta voltagem; de 50 a 300 estão associadas a raios.
  • Entre os adultos esses acidentes tendem a ocorrer no ambiente profissional; entre crianças e adolescentes, o doméstico prevalece.
  • Choques elétricos figuram em 4º lugar na lista das causas mais frequentes de traumas no trabalho.
ImagemFoto: Suellen Gomes/Arte UOL

Os efeitos no seu corpo

Choques são considerados queimaduras e elas acontecem não só superficialmente, mas podem atravessar a pele atingindo outros tecidos e sistemas internos.

As consequências desses eventos dependerão da classificação do choque —de alta ou baixa voltagem— mas geralmente poderão ser observadas as seguintes condições:

As queimaduras correm pelo corpo

Esta é a principal possível consequência do choque, mas a literatura médica relata que nem sempre a lesão pode ser visível na área externa da pele.

Nos quadros em que elas são perceptíveis, as queimaduras são grandes e se estendem pelo corpo. A corrente elétrica utiliza músculos e outros tecidos para fazer seu percurso. Por onde passa, vai causando danos.

Em geral pode ser identificada uma região de entrada —a principal delas é a mão— e uma de saída.

Altas voltagens podem provocar queimaduras em grande quantidade de músculos. As células musculares são quebradas, e elas liberam e elas liberam uma enzima (creatinofosfoquinase ou CPK), capaz de provocar uma lesão renal (rabdomiólise).

O coração sofre

A depender da intensidade da descarga elétrica, a resposta muscular pode ser apenas a sensação dolorosa ou contrações musculares. Já choques mais graves podem alterar a forma como o coração trabalha.

Quando o choque entra no seu corpo ele encontra isolantes térmicos naturais: a pele e a gordura sobre ela. Quanto mais espessa for a pele, maior a resistência ao fluxo da eletricidade.

Nos choques intensos, porém, a corrente elétrica consegue romper essa barreira e alcança os músculos.

Como o coração é um músculo que também é movido por cargas elétricas que regulam o batimento cardíaco, quando o choque chega nele pode provocar um descompasso.

Os médicos chamam esse quadro de arritmia. A depender da gravidade, ela pode evoluir para uma parada cardíaca. Este é considerado o maior risco associado a choques de baixa voltagem (abaixo de mil volts).

Eletricista? Conheça as causas e as consequências do choque elétrico Artigos CPTFoto: cpt.com.br

Pressão sobre cérebro e nervos

Como a cabeça representa a segunda entrada mais comum do fluxo de eletricidade, um percurso que passe pelo cérebro e pelo SNC (sistema nervoso central) pode ter efeitos que englobam alterações neurológicas e nervosas, que poderão ser identificadas por meio de variadas manifestações, tais como:

  • Convulsões
  • Hemorragia
  • Alterações na memória
  • Irritabilidade
  • Sensação de entorpecimento
  • Formigamento
  • Perda da urina (incontinência)

Perda de líquidos acelerada

Com os tecidos do corpo “em chamas”, o organismo busca manter o equilíbrio tentando “apagar o fogo” por vários mecanismos, como a liberação de substâncias inflamatórias que promovem a vasodilatação e a expulsão dos líquidos de dentro dos vasos sanguíneos. Tal mecanismo leva ao inchaço e também pode gerar desidratação.

O principal foco do tratamento inicial desses pacientes é a hidratação que é oferecida já no pronto-socorro para reduzir as lesões na proporção dos danos já identificados.

A ideia é conter as consequências das lesões como a probabilidade de alterações nos rins e da queda da pressão, especialmente quando há mudança no batimento cardíaco.

E quando a causa for um raio?

A potência da descarga elétrica natural é grande, dura alguns segundos, mas seus efeitos podem ser leves, porque a probabilidade de danos internos é menor, especialmente quando comparados às lesões causados por acidentes derivados da eletricidade gerada.

A questão é que ele pode causar um curto-circuito no coração e no cérebro, o que pode ser fatal.

Alterações no batimento cardíaco podem levar à interrupção da respiração, que pode afetar o cérebro e as funções que ele rege.

A perfuração dos tímpanos já foi descrita na literatura médica, assim como lesões nos olhos, como cataratas.

Lesão por impacto também é uma possibilidade. Isso porque basta que a pessoa esteja apenas próxima ao objeto principal atingido pelo raio para ser arrebatada por ele.

ImagemFoto: iStock / Viva Bem / Uol

O que fazer nessa hora

Caso presencie um choque no ambiente familiar você só deve socorrer a pessoa após desligar o disjuntor elétrico ou a chave geral. Uma boa medida é saber exatamente onde esses dispositivos estão localizados para agir o mais rápido possível.

Mesmo em casos leves, onde não se observam danos aparentes, é sempre indicado buscar por uma avaliação médica, principalmente entre os pequenos.

Chame o serviço de emergência (193) nas seguintes situações:

  • Perda da consciência, mesmo que por breve tempo.
  • Alterações na respiração (mais lenta ou mais rápida).
  • Alterações no batimento do coração (irregular, mais rápido ou mais lento).

Efeitos de longo prazo

Além da internação de longa permanência e processo de reabilitação intenso, pode ser difícil voltar às atividades normais conforme o tamanho das lesões musculares. Além disso, a literatura médica descreve algumas possíveis sequelas decorrentes a choques graves:

  • Zumbido
  • Convulsão
  • Perda do equilíbrio
  • Alteração na memória
  • Irritabilidade
  • Estresse pós-traumático
  • Dor
  • Fadiga
  • Contrações musculares
  • Dor de cabeça
  • Rigidez nas juntas, entre outros

Como prevenir acidentes

Seja no ambiente de trabalho, seja em casa, providencie que todos os dispositivos de eletricidades estejam bem instalados, em bom estado de conservação e disponham de fio terra. Certifique-se de que tais instalações sejam feitas por profissionais qualificados.

No trabalho, é importante seguir as medidas de segurança pessoal, como uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual), jamais subestimando o risco de tomar um choque.

Além disso, coloque em prática as seguintes medidas:

  • Desligue a corrente geral da casa antes de mexer em qualquer tipo de fiação.
  • Antecipe riscos no ambiente familiar, providenciando coberturas de segurança em tomadas e quadros de energia.
  • Mantenha os fios elétricos fora do alcance dos pequenos e mantenha-os sempre encapados com material isolante.
  • Seja cuidadoso no uso de ferramentas elétricas.
  • Mantenha aparelhos elétricos fora de superfícies ou ambientes úmidos, como o chuveiro.
  • Áreas úmidas da casa devem ter interruptores diferenciais que cortam o circuito elétrico quando existem oscilações.
  • Use chinelos de borracha durante o banho, caso esteja em locais onde não conheça as condições das instalações elétricas.
  • Mantenha-se seguro em condições de tempestade com raios. Caso esteja em locais, abertos, piscina, mar, prefira abrigar-se em prédios que tenham para-raios, ou mesmo dentro de veículos (carro, caminhão) que possuem componentes isolantes como a borracha.
  • Evite terrenos elevados, objetos metálicos e resista à ideia de se abrigar sob uma única árvore durante chuvas intensas com raios.

Fonte: Viva Bem / Uol



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