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Professor compartilha respostas inusitadas deixadas por alunos em provas: ‘Nave alienígena abduziu a minha resposta’
Entre mordidas em provas e recados engraçados, professor de filosofia e sociologia de colégios em Uberlândia e Araxá transforma mensagens em conteúdos divertidos nas redes sociais.
Foto: G1
Entre mordidas em folhas de prova e desculpas filosóficas, o professor Demian Sousa, que dá aulas de filosofia e sociologia em colégios particulares do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, encontrou uma maneira criativa de transformar os bilhetes deixados pelos alunos em conteúdo divertido e educativo nas redes sociais.
Demian dá aulas para turmas do ensino médio e fundamental 2 em Uberlândia e Araxá. Ao longo dos anos, passou a colecionar mensagens curiosas escritas pelos estudantes em provas e trabalhos. Algumas são pedidos desesperados por pontos extras, outras são tentativas bem-humoradas de justificar respostas erradas ou até mesmo a ausência delas.
Foto: G1
Mas todas têm algo em comum: revelam a espontaneidade e a criatividade dos alunos e se transformam em publicações divertidas na internet. Para o professor, os bilhetes são uma forma de expressão válida e até mesmo uma oportunidade de aprendizado.
Com frases como “o Deus enganador de Descartes manipulou a minha mente” ou “uma nave alienígena abduziu a minha resposta”, os recados misturam criatividade e referências filosóficas, divertindo os seguidores do perfil do professor Demian, que se identificam com a situação.
“Uma questão particular minha é que eu bonifico a loucura”,
brincou o docente ao explicar a abertura para as
mensagens inusitadas.
Foto: G1
Segundo o educador, a liberdade criativa dos alunos é incentivada por sua postura.
“Eu dou muita corda. Acho que os alunos se sentem à vontade para fazer coisas cada vez mais insanas nas minhas provas”, contou.
Em uma das situações mais inusitadas, um estudante mordeu a própria prova, gerando confusão entre os fiscais e a coordenação.
Foto: G1
“Me ligaram perguntando se era verdade que eu permitia isso. E eu disse: ‘É. Ele falou que o cachorro dele mordeu a prova, então tudo bem’”, relembrou com bom-humor.
Mais do que uma coleção de bilhetes engraçados, o trabalho de Demian revela uma relação de confiança e didática entre professor e aluno. Mostra que, mesmo em meio à pressão das provas e a rotina de estudos, há espaço para o riso, a reflexão e a criatividade.
E apesar da liberdade criativa, Demian deixa claro que há limites e reforça que o espaço para expressão dos alunos não pode ultrapassar o respeito e a ética.
“Eu falo: meu limite são os crimes”, disse.
Foto: G1
Aulas de filosofia com storytelling
Foto: G1
Por fim, o professor reconhece que ao lidar com conceitos filosóficos e sociológicos, nem sempre a resposta do aluno corresponde exatamente ao que está no gabarito da prova, mas pode revelar uma interpretação válida e até criativa.
Foto: G1
“Eu valorizo isso. E se me divertir, às vezes dou 0,1 ou 0,2, e isso ajuda a chegar naquele meio ponto que ele precisa”, disse.
Fonte: G1
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