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:: 26/dez/2020 . 7:23

Fim de ano e distanciamento social agravam depressão em idosos, diz psiquiatra

No grupo de risco da pandemia da Covid-19, a população idosa pode sentir sintomas de depressão se agravarem no fim do ano.

Por recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) e de médicos infectologistas, os idosos devem reforçar o isolamento social para evitar a contaminação pelo novo coronavírus. Afinal, pessoas com mais de 60 anos e com comorbidades tendem a sofrer os efeitos mais graves da doença.

“O problema é que o idoso também é do grupo de risco de saúde mental”, diz Leandro Valiengo, psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo).

Mesmo fora do contexto da pandemia, essa população já enfrenta doenças causadas pelo envelhecimento, perda de parceiros e de amigos de longa data, além de lidar com questões psicológicas que envolvem a própria finitude.

Nos últimos meses, inseridas no isolamento social provocado pela pandemia, essas preocupações se tornaram mais urgentes.

“Os idosos estão enfrentando uma diminuição da interação social, que geralmente é maior nessa época do ano. Isso acaba agravando os sintomas de depressão e de ansiedade”, observa Valiengo.

O psiquiatra explica que a depressão no idoso costuma ser mais grave do que no resto da população. “São depressões mais crônicas, que duram mais tempo.”

Valiengo é coordenador de uma pesquisa que utiliza a estimulação magnética transcraniana (EMTr) para tratar depressão em idosos. É uma técnica não invasiva que utiliza campos magnéticos para estimular pequenas regiões do cérebro por indução eletromagnética.

“A estimulação magnética transcraniana pode ser uma boa alternativa de tratamento para quem não sente melhora mesmo com o uso de medicamentos”, explica Valiengo.

A depressão em idosos pode se manifestar de diversas formas que vão além dos sintomas típicos da doença, como a tristeza profunda e o desânimo. A falta de memória, por exemplo, é um indício que pode ser confundido com demência e dificultar o diagnóstico da doença.

Para minimizar os efeitos que a solidão pode provocar nesse período, especialmente para aqueles que estão distantes da família e dos amigos, Valiengo indica encontros virtuais, por meio de aplicativos, ou ligações telefônicas.

O médico, no entanto, ressalta que sintomas depressivos contínuos devem ser avaliados por profissionais da saúde mental, como psiquiatras e psicólogos.

 

Governo Bolsonaro reduz gastos com campanhas para incentivar vacinação.

 

16.dez.2020 – O presidente Jair Bolsonaro, acompanhado do Zé Gotinha, personagem criado para as campanhas de vacinação do SUS, durante cerimônia de lançamento do plano nacional de vacinação contra covid-19

contra covid-19Imagem: Mateus Bonomi/AGI/Estadão Conteúd

O governo do presidente Jair Bolsonaro — que tem minimizado a importância da vacina contra a covid-19 e já declarou que não será imunizado contra a doença — diminuiu os gastos com campanhas de incentivo a vacinação em 2019 e em 2020 em relação ao último ano do governo de Michel Temer (MDB), quebrando uma trajetória ascendente de investimentos em propaganda de imunização no país.

De 2018 para o ano passado, a redução dos valores pagos com campanhas de imunização foi de 21%, considerando-se a correção da inflação no período. As despesas caíram de R$ 77 milhões para R$ 60 milhões, conforme dados da execução orçamentária e do próprio governo. Esses valores não se referem ao gasto com compra de imunizantes — que vem crescendo na última década —, mas a campanhas de divulgação nacionais.

Em 2020, até o último dia 22 de dezembro, os valores gastos com as campanhas foram de R$ 45,7 milhões — o que equivale a uma queda 24% em relação ao primeiro ano do governo de Bolsonaro. Esse montante não inclui investimentos previstos para divulgar vacinação da covid-19, que ainda não têm data para ser realizada no país.

O Ministério da Saúde disse que a queda de gastos em 2019 se deve “à redução orçamentária” da pasta. O governo não se manifestou sobre a situação neste ano, marcado pela pandemia do novo coronavírus, que já matou quase 190 mil pessoas no país.

A justificativa, no entanto, contradiz os dados do orçamento do ministério hoje comandado pelo general Eduardo Pazuello, depois da passagem por outros dois ministros, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, durante a crise sanitária provocada pela covid-19.

Entre 2015 e 2020, o orçamento da pasta passou de R$ 131 bilhões para R$ 160 bilhões pagos —com um ano de queda, em 2017. Nos governos de Dilma Rousseff (PT) e Temer, mesmo quando o orçamento caiu, os gastos com campanhas de vacinação subiram. Já no governo Bolsonaro, as despesas do ministério subiram, mas os dispêndios com campanhas foram reduzidos. Procurada pelo UOL, a pasta não se manifestou.

Evolução do orçamento do Ministério da Saúde, em valores corrigidos:

  • 2015 – R$ 131,8 bilhões
  • 2016 – R$ 133,5 bilhões
  • 2017 – R$ 130,7 bilhões
  • 2018 – R$ 136,9 bilhões
  • 2019 – R$ 138,8 bilhões
  • 2020 – R$ 160,5 bilhões

Cobertura de vacinação caiu

A cobertura de vacinação caiu em 2019, o primeiro ano de governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Pela primeira vez desde 1994, quando os levantamentos do governo começaram a ser feitos, o país não atingiu a meta de vacinar 95% do público-alvo em nenhuma das 15 vacinas do calendário público.

Criado em 1973, o PNI (Programa Nacional de Imunizações) é considerado um dos melhores sistemas públicos de vacinação do mundo.

Questionado pela reportagem se relaciona a queda na cobertura de vacinação à diminuição dos gastos com campanhas de imunização na gestão Bolsonaro, o ministério diz identificar redução de cobertura “especialmente a partir de 2016” e afirma que alguns fatores podem estar envolvidos na queda das coberturas vacinais, como:

  • “Sucesso das ações de vacinação, que podem causar falsa sensação de que não há mais necessidade de se vacinar”;
  • Falta de conhecimento da população sobre a importância da imunização;
  • “Alimentação irregular do sistema de informação”;
  • Boatos ou “fake news” sobre vacinas

Segundo a pasta, em abril do ano passado, o governo federal criou o Movimento Vacina Brasil, “como estratégia de conscientização da população para a importância da atualização da situação vacinal”.

Para evitar fake news, o Ministério da Saúde utiliza vários canais para que a informação correta e oportuna chegue à população”trecho de nota do Ministério da Saúde

“Todas as vacinas ofertadas pelo PNI são seguras, possuem os devidos registros na Anvisa e passam por um rígido processo de avaliação de qualidade”, disse a assessoria da pasta.



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