Comecei a ler o livro “Como as democracias morrem”, dos autores Steven Levitsky & Daniel Ziblatt (dois professores de Harvard). No livro, eles tratam, dentro do contexto americano, as ameaças contra a democracia.

Segundo Fareed Zakaria, da CNN, “Um livro perspicaz e muito bem fundamentado sobre como a democracia está sendo enfraquecida em dezenas de países – e de modo perfeitamente legal.”

Os autores citam que muitos que chegaram ao poder de forma legítima, ao conquistar a confiança do povo passam a agir como autoritários; outros dão o golpe e implantam a ditadura.

Penso em nossas Igrejas. Claro que não podemos comparar governos políticos com Igrejas. Em primeiro lugar, a Igreja não é só uma organização, ela é muito mais do que isso, ela é um organismo vivo. Pensando no aspecto organizacional, muitas Igrejas consideram-se democráticas.

O que é uma democracia? Democracia é governo do povo, o povo dirige, o povo comanda, o povo direciona tudo. Não há um ditador, não há um autoritário que faz o que bem deseja. Na democracia o povo deve ditar as regras, e quem está no comando deve cumprir as regras estabelecidas.

Fico pensando: dentro desta definição de democracia, será que nossas Igrejas devem ser democráticas? Creio que, como organização, é interessante a democracia, mas como organismo vivo eu não defendo a democracia e, sim, a teocracia.

Teocracia é governo de Deus; na e no comando da Igreja. Tudo de acordo com as Santas Escrituras. Entendo que o pastor, ao transmitir a Palavra de Deus, deve fazer com total transparência. Ele deve expor, na sua integralidade, o que a Igreja deve ouvir. Uma igreja teocrática tem tudo para crescer em todos os sentidos, em qualidade e em quantidade. É muito triste quando a Igreja não quer ser dirigida por Deus, prefere a democracia e não a teocracia.

Que possamos ter Igrejas teocráticas que obedeçam a voz de Deus.

 

Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB